Lá fora tudo parece perfeitamente normal: o som das buzinas, as cores vibrantes do semáforo, o movimento uniforme do eixo anhanguera que segue sempre na mesma direção... Eventualmente luzes vermelhas indicam a proximidade de uma ambulância (elas aparecem com cada vez mais constância nesses dias loucos).
Tudo aparentemente normal,
tudo tão diferente...
O aperto da saudade provocado pela ausência dela é como uma faca dentro de mim. As cenas imaginárias do acidente.
O grito de susto (que provavelmente nem chegou a ser emitido), a ausência de cores e de sons... O silêncio...
A ambulância que se aproxima à 1000km/h.
O momento do resgate.
A corrida que já estava perdida antes mesmo de começar.
Batidas frenéticas de um coração tão grande e tão cheio de amor.
O interromper das batidas/
PAUSA!
O grito de dor e perplexidade.
A liberdade absoluta de quem partiu.
A dor, a tristeza e a saudade de quem ficou. Um até logo travestido de adeus. As lágrimas. As lembranças. A música que voltou.
E na mesa do escritório as pendências que reclamam urgências que já nem são tão urgentes assim...
2 comentários:
Ai, querida... :~
Não há o que dizer.
Estou aqui.
Renata
Eu sei que vc tá aqui. E isso me deixa muito feliz.
;***
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