sábado, 17 de maio de 2014

cheesecake à seis mãos

Em meio a um período marcado por crises, dores e anseios com meu mestrado recebemos a visita dos meus sogros de BH essa semana. Apesar de amar a rotina silenciosa que Fred eu temos juntos, sempre me empolgo com a nova dinâmica de uma casa com hóspedes.Tenho boas memórias de uma infância marcada por férias com casa cheia de primos que moravam longe e visitas constantes à casa da vovó. Como era bom! 

Ontem recebemos também a visita dos meus pais, o que mudou de novo a dinâmica da casa. Enquanto os homens foram para a varanda tomar cerveja e jogar conversa fora, as mulheres foram pra cozinha fazer cheesecake. 

Auxiliada e orientada por minha mãe e sogra durante o preparo de uma receita totalmente nova pra mim (e pra elas), senti o acolhimento que a presença delas sempre me traz. Aquela segurança de que a minha inexperiência como dona de casa/cozinheira vai ser recompensada pela experiência delas. Nessas horas, sinto-me como uma criança de novo, mas ao contrário de outras situações em que detesto perder o controle,  nesses momentos fico aliviada ao receber todo o cuidado e orientação delas. Me permito sentir todo o conforto e segurança da infância, aquela certeza de que tem "um adulto tomando conta" e de que elas sabem o que estão fazendo. 

Gosto da vida adulta e da responsabilidade de tomar decisões e sei o quanto já amadureci nesses dois anos de casada. Mas acho importante abrir mão do controle e me deixar ser cuidada, orientada, auxiliada. 

Meu desafio diário é me atirar com essa mesma confiança nos braços Daquele que me criou! Entregar a ele toda dor, todo peso, toda a angústia e preocupação. Me deixar ninar pelo cuidado Dele e não duvidar de que Ele se importa!

Agradeço a Deus pelos pais e sogros que Ele me deu, pois eles me ajudam a vislumbrar um pouquinho do Seu amor paternal e cuidadoso e a superar esse medo que surge ocasionalmente de me deixar ser cuidada. 

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