quarta-feira, 4 de julho de 2012

semeando e dançando

Há algum tempo ando bem cansada como comentei brevemente no último post. (A situação que me incomoda não mudou, mas encontrei consolo depois de uma conversa inspiradora com nossos amigos Joni e Tita ontem).


No último ano, e mais especificamente nos últimos seis meses, minha vida deu uma reviravolta que às vezes ainda me deixa tonta. Graduação, primeiro emprego, primeira promoção e casamento no mesmo ano. E, nossa, eu não imaginava que "vida de adulto" fosse algo tão maravilhoso e exaustivo ao mesmo tempo. 

Adoro a rotina que Fred e eu viemos construindo nos últimos seis meses, tanto que quando ele viaja me sinto perdida. Gosto de estar em casa com ele, e gosto de me sentir adulta, responsável pelas minhas escolhas e responsável também por encontrar a melhor forma de usufruir o tempo, o dinheiro, o lazer, etc.

Mas mudanças, apesar de saudáveis, também causam muito estresse. Em seis meses tivemos que aprender a ser adultos de uma forma que ainda não havíamos experimentado e encontramos vários percalços no caminho. Foi (e tem sido) maravilhoso, mas, ao mesmo tempo, exaustivo.

Hoje voltei a estudar o livro de Eclesiastes, que há muito tempo não lia. Os versículos que ficaram ressoando no meu coração foram: 

Quem observa o vento, nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará  (11:4)


Pela manhã semeia a tua semente, e à tarde não retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará, se esta, se aquela, ou se ambas serão igualmente boas. (11:6)

Fred e eu estamos vivendo um tempo de lançar muitas sementes... Começo de carreira requer muito suor e creio que as "sementes" podem ser aplicadas a várias áreas da vida. Graças a Deus pela possibilidade de lançarmos nossas sementes com livre-arbítrio confiando Nele para regá-las, né?

No entanto, não quero que esse trabalho árduo de lançar sementes se transforme em algo enfadonho que me impeça de enxergar a beleza na vida. Lendo (e me emocionando) com esse post lindo da Rê, fiquei pensando no quanto é triste ignorar tanta beleza que está ao nosso redor todos os dias. (Não estou falando de ignorar nossas mazelas e as mazelas alheias porque sei também que o mundo está cheio de sofrimento e dor. Longe de mim negar o sofrimento humano ou tentar menosprezá-lo, acredito que ele também pode ser bem didático).

Mas a música está presente sim e eu não quero ignorá-la!

Quero jogar as minhas sementes com leveza, alegria, fé, amor e esperança. Quero me livrar de todas a prepotência de que sou eu quem vai fazê-las germinar. Quero semear e descansar enquanto espero as sementes germinarem, confiando que no tempo certo elas darão seus frutos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Érica, na música que coloquei no post, a primeira estrofe diz assim: "Eu sei que lá no fundo/ Há tanta beleza no mundo/ Eu só queria enxergar". E creio q é exatamente esse o sentimento q está no seu coração (e no meu tb, nos últimos dias). A gente corre tanto, semeia tanto q, às vezes, foca apenas naquilo q está fazendo. E se esquece da música de fundo, da trilha sonora. Hj, enquanto ia pra academia, pedi ao Senhor q mantenha meus olhos sempre abertos e meus ouvidos atentos. Pq eu quero, e preciso, enxergar a beleza e ouvir a música. E quero, ainda mais, dançar ao som dela. ;)

Erica Neves disse...

É isso mesmo! Obrigada por compartilhar esse seu desejo, pois isso fez com que eu enxergasse que ele é meu também :)