Há algum tempo ando bem cansada como comentei brevemente no último post. (A situação que me incomoda não mudou, mas encontrei consolo depois de uma conversa inspiradora com nossos amigos Joni e Tita ontem).
No último ano, e mais especificamente nos últimos seis meses, minha vida deu uma reviravolta que às vezes ainda me deixa tonta. Graduação, primeiro emprego, primeira promoção e casamento no mesmo ano. E, nossa, eu não imaginava que "vida de adulto" fosse algo tão maravilhoso e exaustivo ao mesmo tempo.
Adoro a rotina que Fred e eu viemos construindo nos últimos seis meses, tanto que quando ele viaja me sinto perdida. Gosto de estar em casa com ele, e gosto de me sentir adulta, responsável pelas minhas escolhas e responsável também por encontrar a melhor forma de usufruir o tempo, o dinheiro, o lazer, etc.
Mas mudanças, apesar de saudáveis, também causam muito estresse. Em seis meses tivemos que aprender a ser adultos de uma forma que ainda não havíamos experimentado e encontramos vários percalços no caminho. Foi (e tem sido) maravilhoso, mas, ao mesmo tempo, exaustivo.
Hoje voltei a estudar o livro de Eclesiastes, que há muito tempo não lia. Os versículos que ficaram ressoando no meu coração foram:
Quem observa o vento, nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará (11:4)
Pela manhã semeia a tua semente, e à tarde não retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará, se esta, se aquela, ou se ambas serão igualmente boas. (11:6)
Fred e eu estamos vivendo um tempo de lançar muitas sementes... Começo de carreira requer muito suor e creio que as "sementes" podem ser aplicadas a várias áreas da vida. Graças a Deus pela possibilidade de lançarmos nossas sementes com livre-arbítrio confiando Nele para regá-las, né?
No entanto, não quero que esse trabalho árduo de lançar sementes se transforme em algo enfadonho que me impeça de enxergar a beleza na vida. Lendo (e me emocionando) com esse post lindo da Rê, fiquei pensando no quanto é triste ignorar tanta beleza que está ao nosso redor todos os dias. (Não estou falando de ignorar nossas mazelas e as mazelas alheias porque sei também que o mundo está cheio de sofrimento e dor. Longe de mim negar o sofrimento humano ou tentar menosprezá-lo, acredito que ele também pode ser bem didático).
Mas a música está presente sim e eu não quero ignorá-la!
Quero jogar as minhas sementes com leveza, alegria, fé, amor e esperança. Quero me livrar de todas a prepotência de que sou eu quem vai fazê-las germinar. Quero semear e descansar enquanto espero as sementes germinarem, confiando que no tempo certo elas darão seus frutos.
2 comentários:
Érica, na música que coloquei no post, a primeira estrofe diz assim: "Eu sei que lá no fundo/ Há tanta beleza no mundo/ Eu só queria enxergar". E creio q é exatamente esse o sentimento q está no seu coração (e no meu tb, nos últimos dias). A gente corre tanto, semeia tanto q, às vezes, foca apenas naquilo q está fazendo. E se esquece da música de fundo, da trilha sonora. Hj, enquanto ia pra academia, pedi ao Senhor q mantenha meus olhos sempre abertos e meus ouvidos atentos. Pq eu quero, e preciso, enxergar a beleza e ouvir a música. E quero, ainda mais, dançar ao som dela. ;)
É isso mesmo! Obrigada por compartilhar esse seu desejo, pois isso fez com que eu enxergasse que ele é meu também :)
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