domingo, 13 de abril de 2014

as dores nossas de cada dia

"Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas".  Filipenses 4:8

Uma coisa que eu só assimilei depois de entrar na vida adulta foi o quanto nossa caminhada diária é vivida sob várias e múltiplas dores. Um trabalho penoso ou não valorizado, preocupações diversas com entes queridos, problemas relacionais, dificuldades financeiras, as perdas, as mortes, as violências cometidas contra nós por aqueles que amamos e as violências cometidas por nós contra os nossos amados...

Enfim... a caminhada fora do Éden já foi marcada por dores e por muito sofrimento desde o início da humanidade.

Minhas dores fazem parte de quem eu sou e muitas vezes colorem de cinza os meus dias. Não tenho medo de vivê-las em sua plenitude e não faço o menor esforço para me esquivar delas. Eu as aceito como parte intrínseca da minha condição humana.

No entanto, é preciso ter sabedoria para discernir o momento de seguir em frente. Lamentar eternamente essas dores, acalentá-las e dar a elas um lugar maior do que aquele que deveriam ocupar pode ser extremamente danoso.

Às vezes é necessário entrar naquele quarto escuro e viver cada pedacinho da tristeza e do luto que acompanham nossas dores de cada dia. Mas depois é preciso lavar o rosto e seguir em frente com os olhos límpidos e bem abertos à tudo de bom, agradável, justo e belo que ainda existe à nossa volta.

Trazer à mente o que gera esperança pode ser uma boa forma de seguir em frente.

Dá-me, Senhor, o discernimento para saber o momento certo de seguir em frente e a capacidade de trazer à mente tudo aquilo que me dá esperança. Não permita que eu me afogue num lar de auto-comiseração e lamentações. Mas renova diariamente a fé, a esperança e o amor. Em nome de Jesus, amém. 



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