Oi, filho,
A Quaresma começou ontem no calendário cristão. Esse período é composto por 40 dias de arrependimento e contrição que nos preparam para celebrar a ressurreição de Jesus na Páscoa. Cultivamos nesse período arrependimento e contrição pelos pecados que pregaram Jesus naquela Cruz. Mas tais sentimentos são vivenciados à luz da esperança da ressurreição do Crucificado, evento que traz à memória a vitória Daquele que se humilhou para depois ser glorificado.
Cristo sofreu por nós, filho. Mesmo sendo puro, imaculado, justo e santo, Ele se entregou em nosso lugar e teve uma morte de Cruz. O filho de Deus não reivindicou sua autoridade divinal, antes, se fez carne e se humilhou perante toda a humanidade.
Este ano, alguns dias antes do início da Quaresma recebemos a notícia de que 21 cristãos egípcios foram brutalmente assassinados pelo Estado Islâmico. O vídeo da execução está circulando na internet, gerando repúdio em toda a parte.
Meu coração se entristece pelas famílias enlutadas desses e de todos aqueles que perderam suas vidas nas mãos do Estado Islâmico e a admiração que sinto por cristãos fiéis, que mesmo em face da morte não negam seu Senhor, é grande demais.
"Se como Ele morreram, como ele ressuscitarão"
Que bela promessa! Mas quantos somos corajosos o suficiente para levarem-na a sério?
Acho estapafúrdias essas interpretações hollywoodianas do Apocalipse que pregam que a Tribulação ainda está por vir. O que diriam sobre tais ideias os cristãos que desde o Pentecostes tiveram suas vidas cruelmente ceifadas por confessarem a Jesus como Senhor?
Se aqui no Ocidente ainda desfrutamos de liberdade de culto e adoração, Glória a Deus! Mas não nos esqueçamos dos nossos irmãos que são diariamente perseguidos e mortos por causa de sua fé. Não sei como estará o mundo quando você tiver idade para compreender este post, filho. Mas oro para que a Igreja brasileira desperte e saia do comodismo em que está inserida. Que nossas agendas estejam menos auto-centradas e preocupadas com nossos eventos gospel. Que tenhamos mais amor uns pelos outros, inclusive por aqueles que sofrem pelo nosso Senhor.
E que se um dia nossa fé também for testada, possamos proclamar com ousadia o amor que sentimos pelo Crucificado.
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